domingo, 29 de janeiro de 2012

Ser

"Ser você mesmo em um mundo que está constantemente tentando fazer de você outra coisa é a maior realização. " (Ralph Waldo Emerson)

sábado, 22 de outubro de 2011

ACERVO DIGITAL DE CHIQUINHA GONZAGA

Está disponibilizado na internet, o acervo digital da compositora, instrumentista e regente Chiquinha Gonzaga.

Desde pequena ouvia a música Lua Branca e a achava linda me encantava com a letra da música, era gostoso demais ouví-la.

Sou apaixonada pela obra e vida de Chiquinha Gonzaga, principalmente por sua postura forte de encarar a vida.

Tento aprender piano há um ano para um dia, quem sabe, tocar uma de suas músicas.  Este é meu sonho!

Vale conferir o site http://www.chiquinhagonzaga.com/

domingo, 2 de outubro de 2011

A VIDA COMO ELA É!

De uns tempos para cá, sinto uma necessidade imensa de me afastar de pessoas com aquele estilo "politicamente correto para inglês ver", sabe?

Hoje o que não falta são os pseudos "politicamente corretos". Andam de bicicleta, participam da turma de corrida da academia, gostam de bichinhos, utilizam o tema sustentabilidade como marketing pessoal, não fazem piadas homofóbicas ou racistas, ou seja, fazem cara de "gente boa", quando na verdade não passam de hipócritas, egocêntricos e egoístas.

Na verdade elas são boazinhas enquanto não contrariadas, ou seja, enquanto todos as enchem de elogios e colocam o tapete vermelho para a sua passagem. Experimente debater uma idéia com esse tipo e verá sua pose de "gente boa" cair por terra e ela mostrar rapidinho quem realmente é.

Acredite, seu comportamento não será condizente com sua pose de "gente boa".

Em determinadas situaçoes em que podem "tirar proveito", ser oportunista, utilizar dos seus contatos para "furar a fila de espera", parar na vaga de idoso ou se aproveitar daquele favorzinho "camarada", não pensam duas vezes, afinal de contas, é "gente boa", merece o privilégio.

A madame que adora o seu bichinho, trata a sua empregada, os garçons e demais "serviçais" como se estivesse em plena escravidão. Estaciona o seu carrão em frente ao colégio para pegar o filho e em frente a lavanderia para pegar seu vestido de festa, não se incomodando com o trânsito e as demais pessoas que precisam chegar no seu destino.

Não bastasse isso, nas páginas do facebook, todo mundo é lindo e amigo. Frases como "te amo amiga"; "adoro" são tão corriqueiras que parecem assim: "quero seis pães", ou seja, banal. Será que alguém acredita nessas frases feitas?

Ah! tem o clássico da hipocrisia no facebook. "Puxa! não pude te desejar feliz aniversário porque estava tão corrido, não pude nem ligar o "note". Dias depois, a criatura viaja e do outro lado do oceano (numa excursão de 15 dias), além de ligar várias vezes o"note" e celular, coloca várias fotos da Torre Eiffel e outros monumentos só para informar a sua viagem internacional. É, o ser humano vive mesma da aparência!

Será que sou alienígena?

Parece que o mundo que vivo não é o mesmo dessas pessoas. Tanta coisa acontecendo, na política, na economia, na educação, no ambiente, na vida como ela é,  mas, as pessoas não querem saber, vivem no "Mundo de Oz".

Será que viver a “vida como ela é”está démodé? Se for, eu estou démodé.

Dorinha Araújo.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O mundo a partir das cidades

A urbanização acelerada do mundo impactou a geopolítica e tornou as decisões dos governos locais tão ou mais importantes do que as dos chefes de estado. Em um planeta onde mais da metade da população já vive nas cidades (no Brasil, a taxa de urbanização é de 84,4%), os prefeitos das grandes cidades já perceberam [...]


A urbanização acelerada do mundo impactou a geopolítica e tornou as decisões dos governos locais tão ou mais importantes do que as dos chefes de estado. Em um planeta onde mais da metade da população já vive nas cidades (no Brasil, a taxa de urbanização é de 84,4%), os prefeitos das grandes cidades já perceberam que essa nova conjuntura abre novas oportunidades para eles, e também riscos. Reunidos em São Paulo na última semana de maio, os prefeitos da C-40 – grupo das 40 cidades mais importantes do mundo e 19 filiadas - ostentaram indicadores que confirmam esse prestígio. Juntos, os prefeitos dessas cidades representam os interesses de 560 milhões de pessoas, respondem por 21% do PIB mundial e são responsáveis por 12% das emissões globais de gases estufa.

Embora o principal foco desta rede de cidades seja a redução das emissões de gases estufa e a adaptação às mudanças climáticas, o alcance da “agenda do clima” da C-40 impacta diretamente as mais importantes rotinas da administração municipal, especialmente nos capítulos da construção civil, mobilidade, gestão de resíduos sólidos e planejamento urbano.

Como este grupo de 59 cidades é absolutamente heterogêneo, e problemas comuns são enfrentados de formas completamente diferentes, o encontro tem o mérito de explicitar essas diferenças causando, por vezes, constrangimentos.

São Paulo, por exemplo, ostenta a condição de cidade pioneira no Brasil no aproveitamento energético do gás metano dos aterros de lixo. Sete por cento da energia consumida na maior metrópole do hemisfério sul têm origem no gás dos aterros Bandeirante e São João. A mesma São Paulo, entretanto, recicla apenas 1% de seu lixo (155 toneladas de 15 mil toneladas de lixo recolhidas por dia), um vexame se comparada com a maioria das cidades da rede. Eduardo Jorge, o secretário do Meio Ambiente de São Paulo, reconhece o problema, mas lembra que coletar e destinar adequadamente 15 mil toneladas de lixo não é pouca coisa.”Precisamos mudar a cultura, e isso leva tempo”.

Um dos debates mais concorridos foi justamente sobre destinação inteligente de resíduos sólidos. Tóquio e São Francisco brilharam. Em linhas gerais, nas duas cidades tudo o que não é reciclado, nem vai para compostagem, é queimado para produção de energia. Só vai para aterro – ou depósito – o que é rejeito, ou seja, não tem utilidade ou serventia, exatamente como preconiza a recém aprovada e sancionada Política Nacional de Resíduos Sólidos, aqui no Brasil. É interessante reparar como em outras cidades do mundo, lixo deixa de ser problema e passa a ser desafio tecnológico. Quando a solução aplicada ganha escala, despesa vira receita.

Na numerosa lista de desafios que as cidades já começaram a encarar de frente (umas com mais disposição do que outras) aparecem os incentivos às construções sustentáveis, a restrição à circulação de automóveis nos centros urbanos, o conceito de “cidades compactas” – onde a demanda de deslocamentos diários de casa para o trabalho se reduza drasticamente – entre outras experiências que prefeitos e secretários municipais compartilharam intensamente em São Paulo.Eles chegaram à capital paulista pedindo voz nas conferências do clima da ONU e linhas de crédito especiais junto ao Banco Mundial. À primeira vista, parece algo acima daquilo que os prefeitos usualmente fazem por merecer. Mas o mundo mudou, e eles sabem que juntos têm o poder de reduzir a monumental demanda de água, matérias-primas e energia nos grandes centros urbanos. Para alcançar esses nobres objetivos, eles resolveram trabalhar juntos. Melhor assim.

domingo, 22 de maio de 2011

Desabafo da professora Amanda Gurgel

Nas últimas semanas todos nós brasileiros ficamos encantados e estarrecidos com o desabafo da professora Amanda Gurgel.

A professora, de forma simples, didática e sistemática demonstrou o que todos nós brasileiros sabemos; o descaso com a educação, começando pela indiferença e exploração dos professores da rede pública.

A professora Amanda Gurgel trabalha no Rio Grande do Norte, mas, a sua situação  é igual a todos os professores dos outros estados brasileiros.

Não sou professora, mas, sinceramente, fiquei emocionada de ver a sua fibra, o seu amor pelo magistério, o respeito pela sua classe e a sua vontade de fazer algo que modifique o quadro caótico do nosso sistema de ensino.

Será que depois de todas as palavras da professora, os políticos continuarão estáticos, sem tomar qualquer providência? Exigimos que não!

Não gosto de rótulos, mas, no caso da Armanda Gurgel, eu a vejo como uma heroína, merece nosso respeito e sua voz não deve se calar jamais.

Por isso, aproveito o espaço para disponibilizar o seu vídeo e propagar a sua voz clamando por RESPEITO aos PROFESSORES.

 

Biografia de Lima Barreto destaca crítica social

Coleção destaca a vida e a obra de figuras fundamentais da cultura, da política e da militância negra.

A produção do escritor Lima Barreto mostra o branco brasileiro na sua performance ilusória de hegemonia racial e no desenvolvimento de seus processos sutis e brutais de violência contra os não-brancos. Essa é a opinião de Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, autor de uma biografia lançada recentemente sobre o autor, em entrevista à Agência Estado. Por aquele motivo, a intelectualidade do período em que o autor viveu e a seguinte geriu mal o legado do seu trabalho, mantendo-o na invisibilidade, acrescentou.

 Autor de obras fundamentais da literatura brasileira, entre elas Triste Fim de Policarpo Quaresma, Recordações do Escrivão Isaías Caminha e Clara dos Anjos, algumas destas traduzidas no exterior, além de centenas de crônicas e contos como O Homem que sabia Javanês, o mulato Barreto tem sido reabilitado desde meados do século passado.

Obras como essa biografia, que saiu pelo Selo Negro, da Summus Editorial, na coleção Retratos do Brasil Negro, que destaca a vida e a obra de figuras fundamentais da cultura, da política e da militância negra, fazem parte desse movimento. Barreto nasceu no dia 13 de maio de 1881, numa sexta-feira, na cidade do Rio de Janeiro.

Conforme Cuti, Barreto é um autor cuja obra marca um momento importante na literatura brasileira: o ponto de vista daquele que é humilhado. E, apesar da pobreza, do preconceito racial, do alcoolismo e de internações em hospício, ele foi um "intelectual digno, de uma lucidez ímpar, exemplar", lembra Cuti.

"A obra de Lima Barreto contribui até hoje para o despojamento da linguagem escrita e sua aproximação com a linguagem oral, além de incentivar a dicção literária das zonas suburbanas ou periféricas das grandes cidades, e, em especial, do contingente negro-brasileiro, de cuja literatura ele se tornou um precursor", analisa.

O livro retoma períodos de formação intelectual do autor, reflexos da vida pessoal em suas obras e a atualidade de seus textos em relação a alguns assuntos, focando na questão do racismo e preconceito e o papel do futebol na vida social do brasileiro. Porém, os textos de Barreto abordam outros temas atuais como a corrupção política, violência contra civis por parte das forças policiais, violência contra mulher, ostentação social, parcialidade da imprensa, literatos esnobes e hermetismo e feminismo.

Cuti é formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Teoria da Literatura e doutor em Literatura Brasileira pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em 2009, ele já havia escrito um livro que abordava o trabalho de Barreto, cujo título é "A consciência do impacto nas obras de Cruz e Sousa e de Lima Barreto", pela editora Autêntica.

O poeta negro catarinense e Barreto não chegaram a se corresponder - quando Cruz e Sousa morreu, em 1896, aquele tinha apenas 15 anos -, mas há indício de que a leitura da obra dele teria inspirado a criação do personagem Leonardo Flores, poeta presente no romance Clara dos Anjos, conta Cuti. "Ele chegou também a expressar em artigo a preocupação com o estudo da obra de Cruz e Sousa, cobrando dos amigos deste tal tarefa", acrescentou.
 
Fonte: Estadão